Banhada pelo Rio Purus Lábrea-AM, é uma região onde os acessos são exclusivamente a barco. Leva em média quatro dias para a coordenadora do Setor Maria da Conceição da Silva chegar aos Ramos São João Batista e Santa Rita de Cássia nos municípios Canutama-AM e Tapauá-AM. O primeiro, dois dias viajando a barco. O segundo, quatro dias a navegar no caudaloso rio.
A coordenadora se comunica com os “recreios”. Barcos que levam sete dias para chegar à capital amazonense. Em seguida, telefona para os Ramos. Informa o dia que o “recreio” vai passar. Com isso, as duas coordenadoras preparam as prestações de contas e as Folhas de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde e Educação na Comunidade – FABS para entregar o envelope para os barqueiros conduzirem à coordenadora do Setor.
Curioso nessa missão de salvar a vida das crianças que as dificuldades dos acessos não são empecilhos para a Pastoral da Criança acontecer, de forma eficaz, na região. Até hoje, nenhuma coordenadora dos Ramos atrasou o envio das FABs e das prestações de contas.
Os barqueiros que fazem o transporte das correspondências se tornaram amigos da Pastoral da Criança. Fazem o serviço sem cobrar nada. Dispõem-se da gratuidade a transportar o que for necessário para a Pastoral da Criança na localidade para que todas as famílias, gestantes e crianças sejam bem acompanhadas em tempo hábil, devido às necessidades e dificuldades na região para se ter acesso a saúde das crianças ribeirinhas.
A coordenadora agradece a doação dos que conduzem os “recreios” pelo gesto de amor e apoio as gestantes e as crianças, pois estão ajudando, também, a fortalecer a Pastoral da Criança em toda a região.
Geny de Oliveira Soares
p/ Coordenação Nacional em visita aos Setores no Amazônas