O mestre no Programa de Integração da América Latina da Universidade de São Paulo, membro do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Interlagos-SP, e repórter fotográfico Douglas Mansur faz exposição de fotos da trajetória do bispo emérito Dom Paulo Evaristo Arns em comemoração aos seus 90 anos de vida e doação pela causa do Reino de Deus.
“Os caminhos de Dom Paulo em São Paulo”é o tema da exposição do fotógrafo Douglas Mansur que acontecerá a partir de amnhã (16 de setembro às 19:30 h) até o dia 23 de outubro de 2011, no espaço Mezanino da Praça do Iguaçu, no Memorial de Curitiba-PR.
Mansur retrata a missão de Dom Paulo com a coletânea de 55 fotos. São 20 anos de trabalho, desde os anos de 1980, de Dom Evaristo Arns junto às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), negros e indígenas.
Dom Paulo Evaristo Arns é uma das lideranças religiosas mais expressivas no Brasil, na luta pelo fim da desigualdade social, em defesa dos direitos dos pobres. Combateu a Ditadura Militar. Agiu em favor das vítimas da repressão e tornou-se o bispo da defesa dos direitos humanos dos excluídos. Ensinou não perder a esperança e a vencer o medo em nome do compromisso com a vida. Incentivou a formação e o fortalecimento das CEBs e ressaltou a fé que a Igreja católica deve ser feita pelo povo, nas ruas, e não somente nos templos.
Outras homenagens foram realizadas, em todo o país, para o cardeal. Entre os movimnetos sociais o militante, poeta, do Movimneto dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Ademar Bogo da Bahia, o homenageou com a poesia “A Arte de Ser”, que retrata o homem sábio de olhar atento e militante às questões sociais.
Ir. Núbia Maria da Silva(IMC)
Coordenação Nacional da Pastoral da Criança
Ação Comunicação Popular
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Fotos: Douglas Mansur
A Arte de Ser
Para Dom Paulo, nosso eterno Mestre!
A fortaleza da Sé festeja a bela e brava vida E a generosa natureza se enlaça com os feitos Os passos coerentes persistem na justiça E os pobres, a qualquer tempo, saboreiam seus efeitos. Os mártires ressurgem em contos e memórias E abraçam com fineza o sábio e os saberes Nas celas os cadeados balançam deschaveados Sinais enferrujados dos perversos poderes. Há nuvens e neblina sobre as utopias Que brincam de esconder a liberdade Mas nada intimida nem destrata Quem soube ultrapassar a tempestade. No ontem e no hoje as marcas se fecundam Com o olhar atento, cordial e militante De um ser que se confunde com bandeiras No eterno caminhar do justo caminhante. És Paulo, pátria, peleia pelo povo Altivo, és confundido com o templo As gerações futuras sorrirão de orgulho Por tê-lo tido (entre os melhores), o melhor exemplo. (Ademar Bogo) Bahia, setembro de 2011.
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