“É por meio desta cartinha que venho dizer a vocês como estou feliz por estar participando também deste trabalho. Eu acabei de me capacitar no mês de novembro de 2011. Eu demorei a aceitar este convite, porque um trabalho como este precisa muito preparo e ter qualidades e disponibilidade. Ser uma líder da Pastoral em uma comunidade carente é saber lidar com o que vamos encontrar. Em 2007, quando recebi o primeiro convite, estava passando por um momento muito difícil: eu tinha um filho cardiopata. Eu e o meu marido somos de baixa renda e com isso era difícil pra gente. Em 2008, meu filho ia fazer 2 anos e faleceu.
Foi a maior perda do mundo pra gente. Em 2009, voltei aos meus trabalhos na escola, onde eu trabalhava antes, e recebi outro convite e também não aceitei, porque eu não me sentia segura do que estava fazendo. E daí eu fui pensando, refletindo e em 2011 recebi mais outro convite e eu pensei “meu Deus essa eu não posso perder”. E pra minha surpresa no final saí pedindo ajuda no comércio da minha cidade para um café para as 15 famílias que eu tenho cadastradas e deu certo. Fiz um belo café da manhã pra essas pessoas que nem todo dia tem um café como esse em casa e foi daí, meus caros amigos, que preenchi um vazio que me torturava a cada dia, depois que meu filho faleceu. Eu voltei a fazer parte da Igreja, como era antes, com o meu coração alegre e feliz, porque eu sou uma católica apaixonada. Obrigada, meu Deus!
Esta é a minha história. A história de uma líder da Pastoral da Criança na comunidade Bela Vista, de Itaporanga. Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Espero que vocês leiam e gostem da minha história, que a Mãe Divina me abençoe para que eu possa continuar meus trabalhos com muita fé.
Quem ama o que faz está sempre fazendo.”
Colaboração: Rita Pereira da Silva • líder