Coordenadores e líderes voluntários da Pastoral da Criança se organizaram para as atividades em comemoração aos 25 anos de implantação da entidade na Arquidiocese de Maringá. A festa foi nas dependências do Colégio Carlos Demia.
Nestes 25 anos, muita coisa mudou na região de Maringá e em todo Brasil. Quando foi implantada, na cidade de Florestópolis, região de Londrina, os índices de mortalidade materna infantil e desnutrição estavam entre os maiores do mundo, tanto que a própria ONU, através do UNICEF, sugeriu que a Igreja Católica encabeçasse um projeto que revertesse esse quadro e melhorasse as condições de vida das gestantes, crianças e famílias pobres do país.
Convidada pelo seu irmão, Dom Paulo Evaristo Arns, então Cardeal e Arcebispo de São Paulo, Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista, constatou que a principal causa de morte estava ligada às péssimas condições sanitárias onde as famílias viviam. Com apenas um ano de implantação do projeto piloto em Florestópolis, a mortalidade infantil diminuiu de 127 para 29 em cada mil nascidas vivas; 74% das famílias trabalhavam como bóias-frias nas lavouras daquele município.
Com o desenvolvimento econômico dos últimos anos, as condições sanitárias no Brasil melhoraram muito, mas o nobre trabalho dos milhares de líderes voluntários continua sendo de extrema necessidade, pois o trabalho de orientação não se limita à desnutrição. Hoje, os voluntários orientam as famílias sobre cidadania, direitos e deveres das gestantes e crianças, pré-natal, alfabetização de jovens e adultos, brinquedos e brincadeiras, controle social nas políticas públicas, alimentação e hortas caseiras e até combate à obesidade infantil, que já se tornou um problema de saúde pública. As atividades visam promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção aos seis anos de vida.
Colaboração:Noel Guima – Assessor de Comunicação